Coronavírus: 10 dicas para a sustentabilidade do seu negócio nos próximos meses
Muito foi falado sobre medidas de saúde para evitar a propagação do coronavírus — o que deve ser prioridade —, mas aqui, em particular, queremos dividir dicas e exemplos para o seu negócio manter o nível de vendas nos próximos meses.
Nós acreditamos que o maior desafio à frente será o fluxo de caixa, principalmente para as PMEs. O consumo mudará bastante: as pessoas comprarão menos de alguns ramos, mais de outros — tudo dependerá da necessidade de cada público.
Para pensar em um plano de ação para a saúde da sua empresa, não se esqueça de fazer um diagnóstico da sua situação financeira: some as vendas a receber nos próximos 30, 60 e 90 dias e, depois, desconte as contas a pagar do mesmo período — com isso, você terá noção de quantos dias serão necessários para planejar novas ações.
Na
Hoje.App, estamos e estaremos focados em garantir o
sucesso máximo do seu negócio. Por isso, compartilharemos estas estratégias que reunimos a partir de conversas com vários lojistas que superaram crises e com base na nossa experiência. Temos certeza de que elas te ajudarão na evolução da sua história.
1. Gerar caixa com o estoque
Se hoje você tiver um nível de estoque muito elevado, incentive as vendas com alguma promoção especial (caso já tenha tido algum tipo de queda) — o importante aqui é ter dinheiro na mão, liquidez.
O que vemos que melhor funciona é o frete grátis junto a algum outro benefício (como parcelamento sem juros). Desta maneira, você não precisará fazer o desconto diretamente sobre o produto e desvalorizá-lo.
Outras alternativas são as de investir em:
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Combos: ofereça descontos na compra de artigos complementares (como cremes e desodorantes, por exemplo) ou promoções de “Leve 3, pague 2“;
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Brindes: se for possível, envie um mimo ao seu cliente, como “Na compra de X, ganhe Y” (aqui também podem ser itens conexos);
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Novas coleções: se você já estava planejando lançar novos produtos, por que não fazê-lo agora? Caso tenha os artigos em estoque, pode ser uma boa opção para movimentar a sua loja.
Especialmente neste momento, acredite: a criatividade e a flexibilidade ajudarão na sustentabilidade da sua empresa.
Dica extra: o que podemos aprender com a Argentina
Por conta da quarentena obrigatória, muitos lojistas argentinos não estão conseguindo vender, porque seus produtos acabaram por ficar em suas lojas físicas ou em depósitos distantes. Logo, para não passar pelo mesmo, monte um estoque temporário em sua casa (ou onde quer que esteja trabalhando remotamente). Assim, você conseguirá manter suas conversões.
2. Manter os níveis de inventário no menor valor possível
Trabalhe com capital de giro negativo (vender antes de comprar) se você acredita que conseguirá entregar os produtos no período estipulado para o seu cliente. De modo geral, as lojas trabalham com estoque mensal, mas você pode reduzi-lo para quinzenal, caso necessário.
Entretanto, antes de tomar qualquer decisão, não se esqueça de consultar seus fornecedores e confirmar os prazos de entrega das mercadorias. Além disso, diversifique os contatos para não correr o risco de perder vendas por falta de produtos já que, neste período, a probabilidade de ocorrerem atrasos é maior.
Se sua loja vende produtos importados, é bastante provável que você não esteja conseguindo recebê-los. Portanto, neste período, busque por fornecedores nacionais que possam entregar artigos similares aos seus. Sabemos que não é o ideal, mas isso impedirá que a sua empresa pause as operações. Caso faça essa de mudança, não se esqueça de comunicá-la aos clientes, ok?
3. Entender as mudanças de consumo e diversificar a oferta de produtos
A crise do coronavírus tem aspectos bastante específicos que direcionarão mudanças de consumo, principalmente em torno das medidas de isolamento.
A curto prazo, enxergamos algumas diretrizes de consumo que aumentarão:
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Entretenimento em família: todo mundo em casa junto, sem poder sair. Como você pode ajudar o seu cliente a se entreter junto da família?
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Anti-solidão: muitas pessoas moram sozinhas e também precisam se divertir (ou pelo menos se distrair)!
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Trabalho em casa: grande parte das empresas passou (ou passará) a implementar uma política de trabalho remoto, pelo menos para uma parte relevante dos funcionários. Porém, nem todas as casas estão preparadas para funcionar como um escritório 100% do tempo. Como ajudar seus clientes a equiparem suas casas e a serem mais produtivos?
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Itens essenciais: além dos básicos (como alimentos, remédios e álcool gel), cada pessoa tem a sua própria definição do que é “essencial”. Roupa para fazer ginástica? Panela para cozinhar? Comida para o cachorro?
Diversificar sua oferta é algo que deve ser visto e revisto constantemente, mas em um provável cenário de queda de vendas, é importante entender qual tipo de produto você pode oferecer ao seu público-alvo.
Ademais, comunicar bem seus preços e produtos (mostrando que as ofertas e promoções estão se adequando à situação), mostrará ao seu público que o maior propósito da sua marca é servi-lo bem — independentemente do contexto atual.
4. Investir nos canais mais eficientes de marketing
O marketing não precisa parar: pelo contrário, tem negócios que, como esperam uma queda no movimento da loja física, estão aumentando a verba de marketing digital para o e-commerce.
É fundamental pensar quais campanhas são realmente efetivas. Os esforços devem estar orientados a ações que ajudem na geração de vendas, como:
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Parcerias com lojas de produtos complementares e/ou influenciadores digitais;
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Contato direto com clientes via WhatsApp (para divulgação de promoções, por exemplo). Entretanto, atente-se ao fluxo de mensagens: envie uma vez a cada dois ou três dias para não se tornar incômodo;
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E-mail marketing (a mesma regra do anterior em relação à frequência de disparos);
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Publicações nas redes sociais (que podem ser tanto orgânicas, quanto pagas) – abaixo confira um guia completo e gratuito sobre como vender pelo Instagram.
Além disso, vale lembrar que agora não é momento de focar em branding — isso poderá voltar a ser prioridade após a crise, combinado?
5. Reinventar a experiência da loja física
De acordo com o mais novo relatório da
McKinsey & Company, por conta do coronavírus, houve uma diminuição de 20 a 30% do tráfego de pedestres em áreas comerciais. Por outro lado, o
tráfego online teve um aumento de 25%, especialmente em nichos alimentícios.
Assim, você pode aproveitar todas as ferramentas virtuais do momento, especialmente transmissões ao vivo (também conhecidas como lives) nas redes sociais — Instagram, Facebook e/ou YouTube —, para levar a experiência da loja física ao universo digital e conectar pessoas.
Por meio de lives, você pode:
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Contar as novidades da sua marca (reposição de produtos, promoções, cupons de desconto etc);
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Interagir com os seguidores a partir de perguntas e respostas (que eles podem enviar pelos comentários);
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Entrevistar à distância profissionais do seu nicho (por meio da opção Convidar outro usuário para a transmissão ao vivo).
Neste último ponto, ainda é relevante destacar a importância de, antes da entrevista, informar o roteiro ao convidado para que ele se prepare com antecedência.
6. Criar uma campanha orientada para compras online
É uma realidade que comprar online será mais seguro nas próximas semanas. Por isso, você, lojista, deve incentivar esse comportamento nos consumidores. Crie campanhas de marketing nas redes sociais e divulgue promoções. Se fizer sentido para a sua estratégia, atraia seu público compartilhando cupons de desconto para compras virtuais.
Evitar contato físico por conta do coronavírus deve ser uma prioridade, inclusive dentro da sua empresa.
7. Trabalhar em formato remoto o máximo possível
Relacionado ao tópico anterior, não se esqueça de promover a segurança dos seus colaboradores. Envie o máximo de funcionários para casa (e se não for possível, invista em transportes privativos, como o Uber), crie escalas e repense os dias e horários de funcionamento.
Promova uma cultura remota proativa e defina ferramentas digitais para que a sua equipe possa se contatar com facilidade e manter a qualidade do trabalho. Além disso, estruture grupos e reuniões para que todos estejam sempre na mesma página.
Não se esqueça também de comunicar ao seu público sobre as novas ações da empresa e esteja pronto, junto à sua equipe de atendimento, para responder potenciais dúvidas que possam surgir em relação ao assunto.
8. Diversificar métodos de entrega
Por ora não é perceptível, mas é possível que — por conta do volume de pedidos e de operações menores (menos funcionários trabalhando ao mesmo tempo por causa do coronavírus) — as empresas de envio não consigam atender toda a demanda e entregar a tempo.
Portanto, evite ficar refém de apenas uma transportadora, como os Correios. Diversifique o seu negócio com soluções de entrega no mesmo dia, por exemplo, para manter a experiência do seu cliente.
Além disso, se achar viável, invista em uma operação local. Dentre as alternativas mais utilizadas, destacam-se a Loggi (entregas via motoboy) e o frete personalizado (entregas via motoboy ou ciclista). Neste último caso, você pode combinar diretamente com um entregador de confiança e programar um horário para o recebimento da encomenda via WhatsApp com o seu cliente.
9. Reavaliar meios de pagamento e renegociar dívidas
Durante a crise, o capital de giro (dinheiro na mão) tem um valor inigualável! Logo, nossa recomendação aqui é entender como elevá-lo através de diferentes perspectivas:
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Avaliar meios de pagamento e tempo de recebimento: trabalhar com taxas um pouco mais altas com meios de pagamento, mas antecipar o recebimento, pode ser um grande gerador de capital de giro;
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Renegociar com fornecedores: em um momento de crise, precisamos mais do que nunca de parceiros, não somente de fornecedores. Mantendo uma negociação justa (já que estamos todos no mesmo barco), tente renegociar o pagamento de dívidas para manter seu fluxo de caixa o mais saudável possível.
10. Ficar ligado nas notícias do mercado
Aqui listamos informações e iniciativas que podem te ajudar nas próximas semanas:
Economia e negócios
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Relatório McKinsey e Company apresenta dados sobre o mercado em tempos de coronavírus, além de ações imediatas e intermediárias para lojistas;
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Linha de crédito do Facebook para ajudar empreendedores neste período (para mais informações acesse Boost with Facebook);
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Movimento Compre do Pequeno Negócio do SEBRAE (em tempo da pandemia global do coronavírus, as PMEs são as que mais sofrem, estando em xeque a própria sobrevivência. Não nos deixaremos abater diante das dificuldade, vamos nos reinventar ????????);
Saúde
Compartilhe suas experiências!
Tenho certeza de que estas dicas podem te ajudar nos próximos meses. Cuide do caixa, mas continue pensando grande. Como qualquer crise, ela passará! O importante é manter o negócio funcionando.
Convido você a:
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Pensar em como aplicar essas dicas e dividir com a gente aquelas que você aplicou e quais foram os resultados obtidos;
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Compartilhar suas experiências com a comunidade de milhares de negócios online para ajudar a salvar outros negócios também;
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Aposte no mercado online!
Esse momento de crise também pode ser uma grande oportunidade para impulsionar suas vendas através da internet, seja criando um site institucional ou uma loja virtual.
Você sabia que os
melhores negócios na crise de 2020, são aqueles que apostaram na venda à distância. Isso porque não se distanciaram dos seus clientes, minimizando os riscos de problemas financeiros.
Para ajudar nessa missão e vencer a crise e expandir seu negócio na internet conte com a
Hoje.App.